As exposições do Museu da Geodiversidade nos levam a refletir sobre o nosso ser e estar no mundo, a partir do olhar das Geociências. Através do nosso acervo, além de recursos textuais e sensoriais, buscamos estimular a descoberta, provocar a dúvida e encantar o público.
- ATUAL
Memórias da Terra
Esta exposição foi inaugurada em setembro de 2011 e realizada com o apoio da FAPERJ – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, do CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e da Petrobrás. “Memórias da Terra” trata do nosso planeta de uma forma holística, integrada, que é o conceito-chave que atravessa a geodiversidade, já que esta é fruto do entrelaçamento entre vida e substrato terrestre, entre vida e processos geológicos, os quais geram paisagens, rochas, minerais, fósseis e solos.
O objetivo dessa exposição é apresentar um pouco disso para o público, explicando os porquês, sem deixar de despertar o olhar estético sobre o elemento natural. Também, propositalmente, não desvencilhamos o Ser Humano de todo esse processo, demonstrando como sua interação com o meio é uma dinâmica dialética que age tanto sobre o sujeito quanto sobre o objeto, fazendo com que ambos se alternem nesses papéis.
Sobre alguns destaques dessa mostra, é preciso citar um grande exemplar de estromatólito, que é uma estrutura carbonática derivada da ação fisiológica de cianobactérias, responsáveis pelo aumento expressivo de oxigênio na atmosfera terrestre, o que possibilitou uma explosão de vida antes inexistente no planeta. Também é preciso mencionar a existência de um chão interativo que simula um terremoto a partir da abertura de uma crosta vulcânica, além de objetos cenográficos, como uma Terra primitiva, que possui crateras, vulcões e fissuras em sua superfície, de onde extravasa fumaça que remete ao calor original do planeta.
Em termos didáticos e museográficos, esta exposição foi dividida nos seguintes módulos: a) Abertura; b) Terra: um planeta em formação; c) Terremoto; d) Minerais: frutos da Terra; e) Mares do Passado; f) E a Vida Conquista os Continentes…; g) Feras do Cretáceo; h) Gondwana: a Terra em movimento; i) Paleojardim; j) A Era dos Mamíferos; k) O Monstro da Amazônia; l) Os Primeiros Americanos; m) Tecnógeno, uma realidade.
A partir dessa divisão a evolução do Planeta Terra ao longo do tempo geológico foi apresentada de modo integral e autêntico, já que a exposição centrou-se em três pilares para a sua concepção e construção: conhecimento, beleza e tecnologia.
- ANTERIORES
Abril Negro, Morro do Bumba
O Museu da Geodiversidade utiliza-se, além do circuito expositivo de longa duração, do espaço do CEMA (Centro de Estudos de Mudanças Ambientais) para realizar pequenas exposições, como foi o caso da mostra fotográfica Abril Negro, Morro do Bumba, que exibiu imagens impactantes dos deslizamentos ocorridos em Niterói em abril de 2010, discutindo as semelhanças e diferenças entre catástrofes naturais e tragédias sociais.
Além disso, também com o objetivo de revitalizar o campus da UFRJ e de resgatar a história de formação da Ilha do Fundão que o abriga, foram instaladas placas explicativas do projeto Caminhos Geológicos, que, em parceria com o Serviço Geológico do Estado do Rio de Janeiro, permitiu a sinalização de um dos poucos afloramentos remanescentes da antiga Ilha do Pindaí do Ferreira, uma das ilhas que contribuiu para a formação da atual Ilha do Fundão.
O Jardim do Tempo Profundo
O espaço externo às dependências do Museu da Geodiversidade foi musealizado através do projeto O Jardim do Tempo Profundo (2012). Este constitui uma área arborizada e florida, bastante aprazível, utilizada como espaço de descanso e contemplação, em que rochas e vegetais foram expostos de modo a relembrar as diferentes Eras por que passou o planeta Terra.
Assim, uma área anteriormente sem uso da Cidade Universitária foi rapidamente apropriada pelo público interno da UFRJ, sobretudo do IGEO (Instituto de Geociências), que se integra a ela diariamente, criando e recriando diferentes formas de interação com o local.
A Geodiversidade Brasileira
A Geodiversidade Brasileira foi a primeira exposição montada para inaugurar o espaço expositivo do Museu da Geodiversidade. Ela buscou contar um pouco da história do estudo da Geologia no Brasil ao longo de cinco décadas e apresentar a integração existente entre o planeta Terra e a vida que nele um dia existiu.
Diferentes amostras de minerais e rochas, reconstituição de dinossauros e imagens de paisagens e afloramentos compunham o circuito de aproximadamente 450 m².